quarta-feira, 23 de abril de 2008

Uma vez que seja


Tu, que navegas ao sabor do vento
sem outra rota que a que se deseja
Tu, que por mapa tens o firmamento
vem descobrir-me, uma vez que seja!

E diz-me das viagens que não faço
dos mundos cintilantes que antevejo
E traz-me mares de mel no teu abraço
poeira de ouro velho no teu beijo!

Ó navegante da minha fantasia
por quanto tempo mais te sonharei
até terem sentido, num só dia
todos os dias em que te esperei?

De ti não espero amarras nem promessas
É livre que te quero neste cais
Até que um dia em mim não amanheças
e te faças ao mar, uma vez mais...

É que, mesmo na hora de perder-te
sabendo que a magia se desfez
terá valido a pena conhecer-te
e deslumbrar-me, ao menos uma vez!

[Ana Vidal]

2 comentários:

  1. Gosto dos teus devaneios "primo" António

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  2. Olá António. Obrigada pelo link no facebook (sem o qual não viria aqui parar) e pela referência aqui no blogue. Chegou a cantar este meu poema? Gostava de ouvir...

    Um abraço

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