quinta-feira, 26 de março de 2009

El-Rei


EL-REI

Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.

Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.

Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.



[Branca Gonta Colaço]


1 comentário:

  1. Boa noite, António!
    É muito agradável vir aqui e ouvir o que há, e tanto, e belíssimo!…

    Abraços amigo!

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