terça-feira, 23 de novembro de 2010

Soneto do Amor Indefinido

Soneto do Amor Indefinido

                                                                                  
Amor não se define, é mágica e loucura
Encontro e desencontro e encanto conquistado
É cegueira total e olhar que tudo apura
E tem em tal contraste o fogo renovado.

Indefinido amor, impulso incontrolado
Que se refaz de espera e tudo crê e jura
Que arde e consome e mata o próprio ser amado
Amor que se acomoda, amor que se aventura.

Amor que nasce morto e ainda assim existe
Amor que se desgasta em vão e se maltrata
Amor que tudo pode e deve e exige e serve!

Amor, encantamento que afinal resiste
A esperança maior, a sensação mais grata.
Indefinido amor: que o sonho te conserve!

[Aramis Ribeiro Costa]

Sem comentários:

Enviar um comentário