Aí estás tu à esquina das palavras de sempre
amor inventado, numa indústria de lábios
que mordem o tempo sempre cá.
E o coração acontece-nos
como uma dádiva de folhas nupciais
nos nossos ombros de Outono.
Caiam agora pálpebras que cerrem
o sacrifício que em nossos gestos há
de sermos diários por fora.
Caiam agora, que o amor chegou.
[Ruy Belo]
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