quarta-feira, 16 de março de 2011

Estragas-me a paz

Óleo sobre tela de Fernando Botero

Estragas-me a paz.
e eu preciso das minhas solidões
de bocados mentais sem ti.

Começo a ser doença obsessiva
ao repetir-me por poemas isto:
as tuas invasões à minha paz.
(Podia até em jeito original
por aqui umas notas sobre ti:
cf., vide: textos tal e tal)
Mas é que a minha paz fica toda estragada
quando te penso amor.

Interrompi os versos por laranjas.
E volto sempre a ti mesmo que não.
É estranho que pacíficas laranjas
não me consigam afastar de ti.

[Ana Luísa Amaral]

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