Mário Cesariny(óleo sobre papel)”O surrealismo, 1959”
Faz-me o favor
de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.
É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.
Tu és melhor , muito melhor!
Do que tu. Não digas nada.
Sê alma do corpo nu
Que do espelho se vê.
[Mário Cesariny]