Tão lenta e serena e bela e majestosa
vai passando a vaca
Que, se fora na manhã dos tempos
de rosas a coroaria
A vaca natural e simples
como a primeira canção
A vaca, se cantasse
Que cantaria?
Nada de óperas
que ela não é dessas, não!
Cantaria o gosto dos Arroios
bebidos de madrugada
Tão diferente do gosto
de pedra do meio-dia!
Cantaria o cheiro dos trevos machucados.
Ou, quando muito
A longa, misteriosa vibração
dos alambrados...
Mas nada de super-aviões
tractores, êmbolos
E outros truques mecânicos!
[Mário Quintana]
passei daqui pra te dizer oi amigo...
ResponderEliminarsaudades querido...adorei esse poema, uma graça...bjs e fique com Deus...