domingo, 18 de dezembro de 2011

Teu Corpo Principia


Dou-te
um nome de água
para que cresças no silêncio.

Invento a alegria
da terra que habito
porque nela moro.

Invento do meu nada
esta pergunta.
Nesta hora, aqui.

Descubro esse contrário
que em si mesmo se abre:
ou alegria ou morte.

Silêncio e sol , verdade
respiração apenas.

Amor, eu sei que vives
num breve país.

Os olhos imagino
e o beijo na cintura
oh tão delgada.

Se é milagre existires
teus pés nas minhas palmas.

Oh maravilha
Existo no mundo
dos teus olhos.

Oh vida perfumada
cantando devagar.

Enleio-me na clara
dança do teu andar.

Por uma água tão pura
vale a pena viver.

Um teu joelho diz-me
a indizível paz.

[António Ramos Rosa]

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