Acerco-me da maior janela
Para desfrutar da mais bela paisagem
A realidade a perder de vista...
Enquanto te procuro
Ouço a voz
O tilintar do orvalho sobre os pastos
O canto das flores, em correrias
Cabriolando sobre carreiros verdes...
Quando te vejo
Ainda com o aroma do acordar nos ombros
Estendo os meus olhos
Até te alcançar os passos
Até te tocar de leve
Até te acompanhar
Sentindo a frescura beliscar leve as nossas frontes.
E quando já de volta
Me dás o braço
Trazendo ramos de satisfação
Que vens pôr
Como serenatas
Debaixo da nossa janela
Não deixamos cair Outonos
Nem adiamos Estios
Apenas nos sentamos
Calmos
Em bancos de Primaveras.
[Cristina Miranda]
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