Deve ser o último tempo
A chuva definitiva
sobre o último animal nos pastos
O cadáver onde a aranha decide o círculo.
Deve ser o último degrau na escada de Jacob
E último sonho nele
Deve ser-lhe a última dor no quadril.
Deve ser o mendigo à minha porta
E a casa posta à venda.
Devo ser o chão que me recebe
E a árvore que me planta.
Em silêncio e devagar no escuro
Deve ser a véspera.
Devo ser o sal
Voltado para trás.
Ou a pergunta na hora de partir.
[Daniel Faria]
(Foto de Filipe Arruda)
A chuva definitiva
sobre o último animal nos pastos
O cadáver onde a aranha decide o círculo.
Deve ser o último degrau na escada de Jacob
E último sonho nele
Deve ser-lhe a última dor no quadril.
Deve ser o mendigo à minha porta
E a casa posta à venda.
Devo ser o chão que me recebe
E a árvore que me planta.
Em silêncio e devagar no escuro
Deve ser a véspera.
Devo ser o sal
Voltado para trás.
Ou a pergunta na hora de partir.
[Daniel Faria]
(Foto de Filipe Arruda)
Sem comentários:
Enviar um comentário