domingo, 3 de junho de 2012

NOTAS SOLTAS

NOTAS SOLTAS

Fernanda Leitão

A cinco mil quilómetros de distância, Portugal chega-me pela palavra escrita, pela televisão, pelos telefonemas  e e-mails dos amigos. Tudo devoro com ansiedade e uma intensa preocupação.

Até ao dia 30 de Maio de 2012, vários me diziam que Passos Coelho  é um “tipo sério”. Pela imagem, pela linguagem corporal, ele parecia-me sisudo, melancólico, com o olhar inteligente do pargo cozido. Como um jerico. A partir dessa data,  seguindo o debate parlamentar sobre a convivência negada, e depois confirmada,  entre Silva Carvalho, maneirinho e fino como Toni Soprano, e Miguel Relvas,  físico e porte de açougeiro, ambos e dois tresandando a Loja, fiquei sem dúvidas acerca do Coelho que passou um cheque um branco de confiança a Relvas.  A vantagem é irem os dois ao fundo ao mesmo tempo. Pena é se têm tempo de vender Portugal a retalho, e ao desbarato,  RTP-1 incluida.

O "coiso" de Vancouver é um triste,coitado.  Se não consegue a embaixada da UNESCO, o que porá Paris a rir, está feito ao bife com a universidade canadiana: não traz consigo uma estrelinha, ao menos uma, de brilho e justificação. É espantoso como a vaidade ou melhor, como a cagança povinciana pode levar ao charco.

Quando se pede uma entrevista a uma pessoa é porque se considera importante o que ela tem para dizer.  Portanto, é para deixar a pessoa falar. Não o entendeu assim José Rodrigues dos Santos, aquele que pisca o olho a despropósito, quando fez tudo para que Paulo Campos não falasse.  Um festival de ignorância e mau jornalismo. O jornalista feito chico esperto. E eu a fazer minhas as palavras dum cartaz de rapaziada: O CHICO É ESPERTO MAS É MALCRIADO.

Já que estou com a mão na massa,  pergunto porque é que os contribuintes têm de pagar a clamorosa má criação e ordinarice de Pedro Granger no concurso O ELO MAIS FRACO. Naquela casa náo há chefe,director, provedor?

Tudo somado, no que respeita a humor,  salva-se o ESTADO DE GRAÇA, com sabor revisteiro e autêntico.



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