Se as minhas mãos pudessem desfolhar
Eu pronuncio o teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu sinto-me oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
horas mortas antigas.
Eu pronuncio o teu nome,
nesta noite escura,
e o teu nome soa-me
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem o meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranquila e pura?
Se os meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!
[Federico García Lorca]
Muito bom!
ResponderEliminarBravo!
Abraços-poema,
jmj
Depois do comentário da Cidissima, com o qual concordo em absoluto, só te digo que estive aqui!
ResponderEliminarBeijinho
oi antonio...belo poema
ResponderEliminarpassei para te deixar um beijinho
fica com Deus amigo
sempre...