segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Poesia por acaso

Poesia por acaso

Sem inspiração estou agora.
Tento atiçar a imaginação,
mas ela demora.
Não consigo pensar em algo que faça rimas,
é como tentar acertar o alvo
com a flecha apontada para cima.
Não acho um bom assunto
que se organize bem em versos.
Mesmo sabendo que no mundo
há mil assuntos diversos.
Que coisa chata,
não consigo imaginar.
Isso quase me mata
porque é horrível não poder pensar.

Mas espere um momento,
mesmo não tendo um tema,
se estas frases vou relendo
vejo que é um poema.

[Clarice Pacheco]

http://www.claricepacheco.com/


Clarice Pacheco nasceu no dia 17 de fevereiro de 1989, em Porto Alegre/RS, onde sempre morou. Desde pequenina gostava muito de desenhar, aos quatro anos começou a ler e escrever, estudou até a oitava série no Colégio Leonardo da Vinci-Alfa.
  Desde que ganhou seu primeiro livro de presente de aniversário, Clarice ficou fascinada por livros e histórias, ainda era muito pequena quando começou  criar as próprias histórias. As primeiras, tinham apenas desenhos. Aos poucos, foi acrescentando curtos diálogos e textos reduzidos, até escrever narrativas completas.
  Ao longo da infância e curta adolescência, Clarice escreveu poesias, histórias infantis ilustradas por ela mesma,  contos e uma breve novela juvenil. Do convívio diário com os amigos e colegas de escola encontrou inspiração para criar os enredos e caracterizar os personagens. Descreveu com nitidez como é o dia-a-dia dos bichinhos de estimação, em duas histórias que têm seus cãezinhos, Floquinho e Pluminha, como protagonistas.
  Clarice partiu em 2 de setembro de 2002, em decorrência de uma miocardiopatia.     
  Após sua ausência, os pais organizaram sua produção literária em cinco obras póstumas.

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