domingo, 15 de maio de 2011

Partir é morrer um pouco




Adeus parceiros das farras
Dos copos e das noitadas
Adeus sombras da cidade
Adeus langor das guitarras
Canto de esperanças frustradas
Alvorada de saudade.

Meu coração como louco
Quer desgarrar-me do peito
Transforma em soluço a voz
Partir é morrer um pouco
A alma de certo jeito
A expirar dentro de nós.

Voam mágoas em pedaços
Como aves que se não cansam
Ilusões esparsas no ar.
Partir é estender os braços
Aos sonhos que não se alcançam
Cujo destino é ficar.

Deixo a minh’alma no cais
De longe canto sinais
Feitos de pranto a correr.
Quem morre não sofre mais
Mas quem parte é dor demais
É bem pior que morrer!

Quem morre não sofre mais
Mas quem parte é dor demais
É bem pior que morrer!

[Augusto Mascarenhas Barreto / António dos Santos]

Sem comentários:

Enviar um comentário