sábado, 18 de junho de 2011

Compreensão da árvore

A tua voz edifica-me sílaba a sílaba
e é árvore desde as raízes aos ramos
Cantas em mim a primavera breve tempo
e depois os pássaros irão
povoar de ti novas solidões
E eu sentirei na fronte permanentemente
o sudário levemente branco do teu grande silêncio
oh canção oh país oh cidade sonhada
dominicalmente aberta ao mar que por fim pousas
na fímbria desta tua superfície.

[Ruy Belo]

1 comentário:

  1. um poema


    poder-te-ia dizer tantos
    mas
    só este
    digo
    e sei
    de cor

    dizer
    devagar
    o teu nome

    poder-te-ia dizer tantos
    mas não seria
    qualquer deles
    o mais belo poema de amor

    Beijo Amigo! Belíssimo este espaço onde venho e acalmo.

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