quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Certeza

Sereno, o parque espera.
Mostra os braços cortados
E  sonha  a primavera
Com seus olhos gelados

É um mundo que há-de vir
Naquela fé dormente
Um sonho que há-de abrir
Em ninhos e semente.

Basta que um novo Sol
Desça do velho céu
E diga ao rouxinol
Que a vida não morreu.


[Miguel Torga]

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