quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Na noite da minha morte

Na noite da minha morte
Tudo voltará silenciosamente ao encanto antigo...
E os campos libertos enfim da sua mágoa
Serão tão surdos como o menino acabado de esquecer.

Na noite da minha morte
Ninguém sentirá o encanto antigo
Que voltou e anda no ar como um perfume...
Há-de haver velas pela casa
E  xailes negros e um silêncio que eu
Poderia entender.

 Mãe: talvez os teus olhos cansados de chorar
Vejam subitamente...
Talvez os teus ouvidos, só eles ouçam
 no silêncio da casa velando
E mesmo que não saibas de onde vem
 nem porque vem
Talvez só tu a não esqueças.

[Cristovam  Pavia]

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