Ninguém me roubará algumas coisas
nem acerca delas saberei transigir
um pequeno morto morre eternamente
em qualquer sítio de tudo isto.
É a sua morte que eu vivo eternamente
quem quer que eu seja e ele seja.
As minhas palavras voltam
eternamente a essa morte
como imóvel, ao coração de um fruto.
Serei capaz
de não ter medo de nada
nem de algumas palavras juntas?
[Manuel António Pina]
Sem comentários:
Enviar um comentário