Como o silêncio do punhal num peito
O silêncio do sangue a converter
Em fio breve o coração desfeito
Que nas pedras acaba de morrer
Vive em mim o teu nome, tão perfeito
Que mais ninguém o pode conhecer!
É a morte que vivo e não aceito
É a vida que espero não perder.
Viver a vida e não viver a morte
Procurar noutros olhos a medida
Vencer o tempo, dominar a sorte
Atraiçoar a morte com a vida!
Depois morrer de coração aberto
E no sangue o teu nome já liberto...
[Alexandre O´Neill]
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