sexta-feira, 19 de agosto de 2011

POEMA

Noite. Fundura. A treva
É mais doce talvez...
E uma ânsia de nudez
Sacode os filhos de Eva.

Não a nudez apenas
Dos corpos sofredores
Mas a das almas plenas
De indecisos amores.

A voz do sangue grita
E a das almas responde!
Labareda infinita
Que nas sombras se esconde.

Mas quase sem ruído,
Na carne ao abandono
O hálito do sono
Desce como um vestido...

[Pedro Homem de Mello]